RODOVIA DOS TAMOIOS

Qual é o nome do meu tataravô? Ia eu em um dia ensolarado de céu azul com nuvens de algodão indo pela Rodovia dos Tamoios, eu e minha família, íamos refletindo sobre as mentiras históricas, e como elas tem pernas curtas, hoje que escrevo estas humildes linhas meus amados espíritos de luz estamos em 2014, e vem de lá, de 22 de Janeiro de 1532 pela corrupta invasão dessas terras que não foram descobertas porra nenhuma e sim encontradas e tomadas, e nem foram roubadas de seus donos pela força bélica, mas sim, por mentiras e traições, falsas alianças, intenções nada dignas, não compatíveis com as mensagens do Nazareno príncipe da Paz que vocês tanto pregam, contraditórios,  essas catequizações eram  meras corrupções na verdade, mas chegaram até aqui em nossa geração por nossos ancestrais mais recentes não terem como deixarem as suas mensagens para os próximos que iam chegando, assim como hoje, temos que escrever para as gerações que estão chegando sem parar, temos que escrever para as nossas pivetadas, e não outras coisas, senão, a vida delas, e assim era naquela época também.   De qualquer forma, estão até de parabéns estes colonizadores escrotos, somente a falta de amor próprio e falta de identidade com o grupo ao qual pertence o oprimido que possibilitou tal extermínio, só por isso foi possível acontecer um extermínio étnico nestes moldes do que aconteceu, não concluído, estamos aqui nestas linhas.
A história de Ubatuba jamais começa com a história dessa pátria mentirosa, que idolatra bandeirantes assassinos, plantando dessa forma sementes de violência, violência essa que entrará em seu lar mais cedo ou mais tarde, quando o Brasil foi invadido,  os portugueses gananciosos,  facínoras,  já cresceram os olhos no paraíso  e deram um nome qualquer lá “ Ilha de Vera Cruz”, mesmo sabendo que se tratava de um imenso continente. E para garantir que iriam  ficar ricos, esses Indiana Jones caçadores de riquezas bandidos feitos mentirosamente de heróis,  mandaram suas tropas fortemente armadas para cá,  em pelotões de saque, para roubarem tudo o que puderem, e matar todos os que se opuserem, deram os nomes aos bandos, expedições,  para percorrerem o vasto litoral afim de evitar prejuízos que outros também estavam roubando  as nossas terras, digo nossa, porque tenho sangue indígena, não preciso dizer mais nada.  Um tranquera chamado Martím Afonso de Souza, sem vergonha, estava à frente de um desses bandos fortemente armados,  apesar de ser um pilantra interesseiro também, possuía o dom da navegação.  Quando ancorou às costas do nordeste, perambulou bastante em direção ao sul e um pouco antes de voltar para Portugal, país que ostenta o ouro roubado daqui sem remorso algum até hoje em nossa contemporaneidade, se sentiu no direito de chegar nas terras de nossos ancestrais e dá-la outro nome, povoação de São Vicente,  ridículo.  Mas esse aí foi o primeiro núcleo escravocrata brasileiro, o início do que temos nos dias de hoje e alguns idiotas dizem que é uma nação, você que se diz católico, tenha vergonha na cara e pare de acreditar nas mentiras que empurram em sua goela abaixo, comece de você mesmo, dando os  passos até aonde as suas pernas alcançam, o conhecimento transforma e a omissão deforma. Passou um bom tempo e nossos antepassados assassinaram na flechada muitos e muitos, flechas silenciosas que ninguém sabia de onde vinha fizeram os ladrões de terras dividirem todo o “tesouro” , dividindo-o em capitanias e cada uma delas dada a um parasita que seria o seu donatário, aonde já se viu isso?  Jesus é a favor disso? E você? Xangô nós já sabemos que não é. Esse donatário cheio de razão com um papel na mão escoltado pela morte, ocuparia a sua parte da divisão desse “tesouro” como se fosse sua,  em caráter irrevogável e perpétuo, ladrões, nobres de merda, preguiçosos com ampla jurisdição e alçada tanto no cível quanto no criminal, em outras palavras, o ladrão passa a ser o juiz, até quando?              O rei de Portugal, outro pilantra, reservou para a coroa, apenas insignificantes prerrogativas, o mais vergonhoso, são os descendentes deles se orgulharem com essas mentiras, isso que é triste, e ainda persistem no erro, e aí já alimentam o ódio, aparentemente, não é apenas para defenderem a riqueza que herdaram desses seus antepassados facínoras e hipócritas, mas achar bonito o extermínio racial que aconteceu e sentem-se fortes por isso, seus dias estão contados, gozem bastante por enquanto...
            Essas tais  capitanias genocidas não deram bons resultados, porque os ociosos nobres em nome de um Cristo queriam os lucros imediatos e não para amanhã, e ainda escreviam na história que nossos antepassados que já estavam aqui há milhares de anos, eram selvagens, e as praias de nudismo hoje em dia? Nudismo é selvageria? Selvagem é exímio com os instrumentos musicais e produz sons fantásticos?  O mais ridículo é os descendentes diretos dessas podridões continuarem sustentando mentiras e se orgulhando delas, talvez, apenas para defender os seus bolsos sem fundos, pobres de espírito.  O interesse era instalarem-se e colonizar, colonização é matar a cultura da pessoa e impor outra no lugar, isso é caridoso? Aonde? Escrevem nas escolas, inclusive na que estudei, que toda essa roubalheira escancarada era árdua repleta de trabalhos e sacrifícios, nos digam agora quais eram esses sacrifícios...  Ficaram por lá mesmo os puxa sacos do rei dentro de seus castelos e mandaram para cá apenas os seus capangas com o proposito bem definido, explorar e extrair o que fosse possível, sem dó de gastar nisso bens e capitais.  Dessas corjas a que mais se destacou em seus intentos indignos foi a de São Vicente,  que seria hoje o que é o Estado de São Paulo, dada nas mãos de um tal de Martim,  já bom conhecedor da região e relacionado com os verdadeiros donos dessas terras, os nossos antepassados, desde quando viajou pela primeira vez como expedicionário parceiro de outro personagem igualmente falso, um portuga chamado por João, que ainda era casado com uma irmã dos Guaianazes filha do cacique Tibiriçá. 

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